“Não existem bons profissionais no SUS” - será?
- Agnaldo Júnior
- 5 de abr. de 2021
- 2 min de leitura

Afirmação absolutamente equivocada. A atuação profissional não tem que sofrer influência de quem remunera o profissional ou de valores, tanto faz se a fonte pagadora é o SUS, o convênio ou o paciente.
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Se a qualidade técnica piora, se no SUS a consulta demora 5 minutos e no consultório privado 60 minutos, o motivo é simples: você não está diante de um bom profissional, ponto.
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Não existe justificativa para um atendimento médico em que o mínimo não seja realizado. Paga-se pouco? Solução: o médico faz a opção de não se submeter, simples assim. Se eu entendo que o valor está inadequado, basta que eu não vá prestar o serviço, resolvido.
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É inadmissível um paciente dizer, como eu já ouvi, ao ser auscultado, “já me consultei aqui várias vezes e ninguém nunca colocou esse aparelho em mim”. Que tipo de atendimento é esse?
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E mais, não tem relação com o papo “medicina humanizada”, esse termo nem deveria existir. Como assim atendimento médico “não humanizado”? Se as hipóteses diagnósticas nascem a partir dessa interação, como ter boas hipóteses se a interação é ruim?
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Esse texto não merece aplausos, é apenas uma obviedade que frequentemente penso, principalmente quando sou elogiado por fazer aquilo que deveria fazer, não consigo dizer “obrigado” quando um paciente me agradece por tê-lo ouvido, é minha função. E quando esse elogio passa a ser frequente é sinal que o cenário é preocupante.

Dr. Agnaldo Rodrigues é médico pela Faculdade de Medicina de Petrópolis, tendo se especializado em cardiologia pelo Instituto Mário Penna, em Belo Horizonte, e em Ecocardiografia pelo Diagnósticos da América (DASA) e Escola de Imagem de São Paulo (UNIECO). Possui ainda título de especialização em cardiologia pela Sociedade Brasileira de Cardiologia.Seu consultório de cardiologia fica localizado na cidade de Itumbiara-GO, na Praça Sebastião Xavier, 34 - Sala 07 - Ed. Flamboyant - Ala médica , Centro, CRM-GO: 14.541 | RQE nº 11.602
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